Conhecendo o Espiritismo pelo começo
Tudo tem um início, uma história. E, observando a ordem natural dos fatos e das coisas, para se ter a compreensão correta e integral de determinado assunto, sem perder a visão do seu conjunto, é recomendável começar pelo começo, conhecendo suas origens, suas raízes.
Assim, acontece, quando se pretende conhecer e estudar o Espiritismo. Uma nova doutrina espiritualista que surgiu na França, em 1857, com o lançamento de O Livro dos Espíritos, por Allan Kardec. Nesse livro, estão contidos os ensinamentos dos Espíritos Superiores que permitem entender o Espiritismo sob três aspectos: filosofia, ciência e religião. Esse livro foi tão importante para definir a essência do Espiritismo que, a partir dele, surgiram mais quatro livros que são indispensáveis ao entendimento da Doutrina Espírita; são eles: O Livro dos Médiuns, em 1861, O Evangelho Segundo o Espiritismo, em 1864, O Céu e o Inferno, em 1865 e A Gênese, em 1868. A esse conjunto de livros, deu-se o nome de Codificação Espírita, ou Obras Básicas do Espiritismo. São as obras fundamentais do Espiritismo, ou seja, o alicerce sobre o qual se ergueu o grande edifício doutrinário.
Não há como não começar o estudo do Espiritismo por essas obras: O Livro dos Espíritos nos dá o fundamento da Filosofia Espírita, revelando à Humanidade que somos seres imortais criados por uma Inteligência Suprema, de onde viemos, para onde vamos, se já vivemos e se viveremos outra vez e qual a sorte que nos está reservada. Por outro lado, esclarece a causa dos sofrimentos atuais e a importância da reencarnação no processo natural de evolução espiritual. O Livro dos Médiuns, como o próprio nome indica, é o guia seguro para orientação da mediunidade, considerada pela Doutrina Espírita como faculdade humana, normal e orgânica – uma faculdade que é, portanto inerente ao ser humano, independente de raça, religião e/ou posição social.
Em seguida, vem O Evangelho Segundo o Espiritismo que nos oferece o ensinamento moral de Jesus, que Allan Kardec resgata, em Espírito e Verdade, com base na interpretação dos Espíritos Superiores que orientaram a Codificação Espírita. Enquanto O Céu e o Inferno, que é o quarto livro, demonstra como se processa a justiça divina e a situação dos Espíritos, após a morte física, o livro A Gênese, o quinto livro proporciona uma visão panorâmica da formação da Terra, as propriedades dos fluidos e a interpretação dos Espíritos dos Superiores sobre os chamados “milagres” de Jesus.
Conclui-se, portanto, que as obras básicas do Espiritismo não foram elaboradas por uma inteligência única, mas por uma plêiade de Espíritos de alta superioridade intelectual e moral e o papel de Allan Kardec foi o de codificar e decodificar os “sinais” transmitidos pela Espiritualidade Maior – destinados não para um segmento social ou uma nação, mas para toda a Humanidade.
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